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Trincas e fissuras. Entenda-as de uma vez por todas!

  • Foto do escritor: Guilherme Paiva
    Guilherme Paiva
  • 5 de fev. de 2016
  • 5 min de leitura

Atualizado: 9 de dez. de 2020

Por que surgem? Como diminuir a ocorrência? Como fazer o reparo?

Ao surgir uma desagradável marca na parede ou teto de sua casa, a primeira pergunta que você deve se fazer é: “será uma trinca ou uma fissura?”

As causas dessas patologias estão normalmente relacionadas à execução. O gráfico abaixo lista as principais causas, observe:

Trincas e fissuras - principais causas

Mas, afinal, qual é a diferença entre elas? Comecemos então falando sobre as fissuras.

As fissuras apresentam-se geralmente como estreitas, finas e alongadas. Surgem, por exemplo, na pintura, na massa corrida ou no cimento queimado, não implicando problemas estruturais. São, usualmente, de menor gravidade e superficiais.

Porém, toda rachadura/trinca começa como uma fissura, por isso é importante ficar atento e observar se há evolução/aumento da fissura ao longo do tempo, ou se ela permanece estável.

As trincas são aberturas mais profundas e acentuadas. São muito mais perigosas do que as fissuras, pois apresentam ruptura dos elementos, uma "separação entre as partes", e podem afetar a segurança dos componentes estruturais.

Fissuras - ocorre a separação das partes

Elas podem ser muito difíceis de categorizar, exigindo equipamentos e profissionais especializados. Por isso, sempre desconfie se o que parece ser uma fissura é, na verdade, uma trinca.

Existem muitas razões diferentes que podem estar relacionadas à ocorrência de trincas ou fissuras.

Antes de avançarmos nas causas e nos métodos de prevenção e correção é necessário salientar que trincas maiores que 0,5 mm devem ser submetidas à avaliação de um engenheiro, pois podem se tratar de problemas estruturais graves.

Exemplo de fissurômetro

Podemos citar algumas causas específicas para ocorrência de tais patologias, tais como:

RETRAÇÃO DO CONCRETO, PINTURAS E ARGAMASSAS DE REVESTIMENTO

Durante o período de cura do concreto pode ocorrer a fissuração da superfície ou até mesmo o trincamento.

Da mesma maneira, nos casos da pintura ou argamassa de revestimento, a fissuração pode ocorrer quando a tinta (ou argamassa de revestimento) está secando, podendo apresentar um pouco de retração e, possivelmente, o aparecimento de fissuras.

Prevenção

Fazer a correta dosagem de concreto, mantendo uma boa relação de areia, brita, água e cimento. E, além disso, um correto procedimento de cura.

Tomar cuidados com aplicação de camadas excessivas, muito grossas e/ou mal dosadas também é uma medida básica e que se deve tomar cuidado, pois, apesar de simples, são problemas recorrentes nas obras.

Cura do concreto com auxílio de material geossintético

A NBR 7200/98 é a norma geral de execução de revestimentos de paredes e tetos de argamassas inorgânicas, e indica os intervalos mínimos de execução entre cada etapa do trabalho. A norma diz que, entre a execução da estrutura de concreto e a alvenaria, é preciso esperar pelo menos 28 dias.

Correção

Tratando-se de retrações por secagem o processo pode ser simples: raspar o local da fissura, limpar os resíduos, aplicar massa de preenchimento adequada, esperar secagem, lixar, limpar os resíduos, e, por fim, reaplicar a tinta em 2 ou 3 demãos.

Agora uma situação comum é o proprietário repintar o local e as fissuras voltarem a aparecer. Tratando-se então de fissuras por dilatação térmica ou movimentação dos materiais.

Uma opção para resolver este problema é "tratar" as trincas com mastique flexível, utilizar telas de poliéster específicas e só depois pintar novamente (se necessário com tintas elastoméricas – tintas adequadas a superfícies que sofrem movimentações constantes).

Tratamento de trincas

Tais medidas costumam resolver o problema, a menos que sejam trincas ativas progressivas (trincas que continuam a crescer). Neste caso é preciso que um Engenheiro avalie a situação, pois pode se tratar de problemas estruturais.

MADEIRA

Uma estrutura feita de madeira que não foi seca em estufa tende a secar durante os primeiros anos da obra pronta. Essa perda de umidade faz o material diminuir de tamanho, causando aberturas nos pontos em que está em contato com as paredes;

Prevenção

Comprar madeira de boa procedência e qualidade garantida.

Correção

Uma análise in loco por um profissional é imprescindível. A madeira pode demorar muito a parar o processo de retração e secagem. E, caso necessário, deve ser realizada a troca das madeiras. Do contrário, o preenchimento dos vazios provocados pela retração da madeira devem ser correto e periodicamente preenchidos para que futuramente não haja problemas de infiltração.

DILATAÇÃO TÉRMICA DOS MATERIAIS

Com a variação da temperatura do ambiente os materiais se expandem ou retraem. Algumas partes podem dilatar mais do que outras, por exemplo, as que estão diretamente expostas ao sol. Um exemplo comum são trincas horizontais no alto de paredes que suportam lajes. A laje que dilata bastante com o sol acaba por "arrastar" a parede que está solidarizada com ela, causando trincas.

Prevenção e Correção

A realização de juntas dilatação em locais específicos pode resolver e também prevenir este problema.

É necessário também fazer o devido isolamento térmico da cobertura que, além de evitar a dilatação, minimiza o desconforto térmico no interior do edifício.

RECALQUE POR ASSENTAMENTO

Toda obra recalca. Sempre há uma acomodação, em maior ou menor grau. Essa acomodação ocorre com os materiais que compõem o edifício e o terreno.

Prevenção e Correção

Fazer o correto dimensionamento das fundações e estrutura, levando em conta tais condições.

_____________________________

Para todos os casos a prevenção é sempre a melhor escolha em detrimento à correção.

Medidas de prevenção são mais baratas e trazem mais segurança do que uma provável correção - além de serem mais simples de executar.

Certifique-se de que o projetista, executor e o fabricante dos materiais trabalham de acordo com padrões de qualidade exigidos pelas Normas Brasileiras (ou internacionais, quando aplicado).

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Referências:

ABNT NBR 15.575/03 - Edificações habitacionais – Desempenho, ABNT NBR 7200/98 - Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Procedimento, Revista Pini, ebanataw.com.br, AECweb.com.br




Escrito por: Engenheiro Civil Guilherme Ribeiro Paiva

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